terça-feira, 24 de maio de 2011

FESTA JUNINA

CASAMENTO CAIPIRA



 
Uma das mais divertidas tradições das festas juninas é, sem dúvida, o casamento caipira – também chamado de "casório matuto". A representação, em tom de brincadeira, é cheia de malícia e conotações sexuais. A história sofre pequenas variações a depender do lugar, mas o enredo é sempre o mesmo: a noiva fica grávida antes do casamento e os pais obrigam o noivo a se casar com ela. Desesperado, o noivo tenta fugir, mas é impedido pelo delegado e seus soldados, que arrastam o "condenado" ao altar e vigiam a cerimônia. Depois que o casamento é realizado, inicia-se a quadrilha. Os diálogos podem ser criados livremente, desde que as personagens se preocupem em carregar bastante no sotaque caipira. Veja, a seguir uma sugestão para a encenação:
Personagens: Padre, Coroinha, Noiva, Noivo, Delegado, Soldados, Pais da noiva e Padrinhos.
 
Cenário: representação de um altar de Igreja ou capela. Os convidados devem se posicionar em duas fileiras, deixando o centro para a noiva. O padre, no altar, cercado pelos coroinhas e padrinhos, anuncia a chegada da noiva, que entra com o pai.
 
Padre – A noiva tá chegando! Vamo batê parma pr'ela, pessoar!!! Cadê o noivo ???
Noiva – Ai mãe, ele num vem, acho que vou dismaiá... (simula um desmaio e é acudida pela mãe e pela madrinha. O pai da noiva faz um sinal para o delegado se aproximar e cochicha alguma coisa em seu ouvido. O delegado concorda com a cabeça.)
Delegado – Pera aí seu padre; eu já vô buscá ele. (sai acompanhado por dois soldados armados de espingarda e cassetetes. Em seguida, entra o noivo encurralado pelo delegado, que permanece no altar, grande parte da cerimônia, para que o "condenado" não fuja.)
Padre – Bão, vamo começá logo esse casório. Ocê, Chiquinha Dengosa, promete, de coração, prá marido toda vida, o Pedrinho Foguetão?
Noiva – Mas que pregunta isquisita seu vigário faz prá mim... Eu vim aqui mais o Pedrinho num foi prá dizê que sim???
Padre – E ocê Pedrinho, que me olha assim tão prosa, qué mesmo prá sua esposa a Sinhá Chiquinha Dengosa?
Noivo – Num havia de querê, num é essa minha opinião mas, se não caso com a Chiquinha , vô direto pro caixão... (diz isso olhando de esguelha para o delegado, que segura uma espingarda)
Padre – Então, em nome do cravo e do manjericão, caso a Chiquinha Dengosa com o Pedrinho Foguetão! E Viva os noivos!
Convidados - VIVA!!! (conforme os noivos passam, os convidados jogam arroz)
Padre – E vamo pro baile, pessoar!!!
E começa a quadrilha.
 
 
 
MAIS BRINCADEIRAS:
Boliche (1): Os pinos são feitos com latas vazias de refrigerante ou de batatas fritas, encapadas com papel colorido. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 2 metros de distância. A bola deve arrastar no chão até atingir os pinos. Cada participante pode fazer três tentativas. O coordenador anota o número de pinos derrubados em cada tentativa. Vence quem derrubar mais pinos.

Boliche (2): Os pinos são feitos com latas vazias encapadas com papel colorido e numeradas. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 2 metros de distância. A bola deve arrastar no chão até atingir os pinos. Cada participante joga uma única vez. O coordenador anota o número de pontos, somando os números dos pinos derrubados. Vence quem fizer mais pontos. 
 

Caça ao objeto: Faz-se uma lista de objetos fáceis de serem encontrados no local onde a festa será realizada. Reúne-se os participantes para avisá-los do tempo disponível e o nome do objeto que devem procurar. Ao sinal de um apito todos correm para procurá-lo. Ao sinal de outro apito devem retornar pois é o aviso de que o tempo terminou ou o objeto já foi achado. O primeiro que retornar com o objeto pedido é o vencedor. Se o objeto não for encontrado, pede-se o seguinte da lista.

Cadeia: Escolhe-se um local isolado ou cercado por cadeiras, para ser a cadeia. Nomeia-se (ou sorteia-se) um delegado e seus ajudantes. O preso vai até a cadeia e, paga uma prenda (mostra uma habilidade), para ser solto, que pode ser: cantar, recitar, dançar, fazer uma imitação, etc. Se houver um palco com microfone, a cadeia pode ser colocada num canto dele. E a prenda, ao ser paga diante do microfone, será vista por todos da festa.

Corrida do milho: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma das linhas, coloca-se uma bacia com grãos de milho. Atrás da outra linha, os participantes são reunidos aos pares - um deles segura uma colher e o outro um copo descartável. Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia. Enchem a colher com milho e voltam para a linha de largada. Lá chegando, colocam o milho no copo que seu companheiro segura. Vence a dupla que primeiro encher o copinho com milho.

Corrida do ovo na colher: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor deve segurar com uma das mãos (ou a boca) uma colher com um ovo cozido em cima. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, sem derrubar o ovo. Se quiser variar, substitua o ovo cozido por batata ou limão.

Corrida do Saci ou Corrida dos sapatos: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Na primeira linha, os corredores tiram os sapatos, que são levados para trás da outra linha, onde são misturados. Dado o sinal, eles devem sair pulando com o pé esquerdo até a outra linha. Depois de calçar seus sapatos, devem retornar, pulando com o pé direito. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada, estando calçado de modo correto.

Corrida do saco: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Cada corredor deve colocar as pernas dentro de um saco grande de pano e segurá-lo com ambas as mãos na altura da cintura. Dado o sinal, saem pulando com os dois pés juntos. Vence quem chegar primeiro ao local de chegada. Nota: Para substituir o saco de pano pelo de plástico (grosso) de lixo, que é mais escorregadio, é preciso testar o local da corrida com antecedência.

Corrida dos pés amarrados: Marca-se um local de partida e outro de chegada. Os participantes são reunidos em duplas. Com uma fita, o tornozelo direito de um é amarrado ao tornozelo esquerdo de seu par. Dado o sinal, as duplas participantes devem correr até a chegada. Vence a dupla que chegar primeiro.

Dança da laranja: Formam-se alguns casais para a dança. Uma laranja é colocada entre as testas de cada par. Os casais devem dançar, sem tocar na laranja com as mãos. Se a laranja cair no chão, o casal é desclassificado. A música prossegue até que fique só um casal.

Dança das cadeiras: Forma-se um círculo com tantas cadeiras quantos forem os participantes menos uma. Os assentos ficam voltados para fora. Coloca-se música e todos dançam em volta das cadeiras. Quando a música parar, cada um deve sentar numa cadeira. Um participante vai sobrar e sair da brincadeira. Tira-se uma cadeira e a dança recomeça. Vence quem conseguir sentar-se na última cadeira.

Derruba latas (1): Sobre uma mesa, coloca-se latas vazias de refrigerante. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 1,5 metros de distância. Cada participante recebe três bolinhas, para fazer três tentativas. O coordenador anota o número de latas derrubadas em cada tentativa. Vence quem derrubar mais latas.

Derruba latas (2): Sobre uma mesa, coloca-se latas vazias, encapadas com papel colorido e numeradas. Faz-se uma linha de arremesso a cerca de 1,5 metros de distância. Cada participante joga uma única vez. O coordenador anota o número de pontos, somando os números das latas derrubadas. Vence quem fizer mais pontos.

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